Prestigiosa revista científica Nature chega ao Museu de Paleontologia: capa é a descoberta feita por William Nava

Artigo sobre a ave fóssil Navaornis, encontrada em Prudente, destaca elo evolutivo e preservação inédita nas Américas

O paleontólogo e diretor do Museu de Paleontologia de Marília, William Nava, recebeu na última quarta-feira, dia 21 de maio, um exemplar da renomada revista científica Nature, diretamente da Alemanha. A publicação, que circulou em novembro de 2024, destaca em sua capa e em artigo descritivo a descoberta da ave fóssil Navaornis – MPM 200 -, encontrada por Nava em 2015 durante escavações na pedreira “William’s Quarry”, parte do Sítio Paleontológico Prof. José Martin Suárez – Pepe, em Presidente Prudente.

Com idade estimada entre 85 e 75 milhões de anos, datando do período Cretáceo, o fóssil é considerado por pesquisadores dos Estados Unidos, Reino Unido, Argentina e Brasil como um “elo” evolutivo. Ele compartilha características entre a mais antiga ave fóssil conhecida, a Archaeopteryx, do Jurássico da Alemanha, e as aves modernas. “É a mais bem preservada ave fóssil do Cretáceo de todas as Américas, preservada em 3D, contribuindo grandemente para a compreensão dos processos evolutivos que esse grupo de vertebrados ou, ao longo de milhões de anos”, afirmou William Nava.

O espécime, que inclui o crânio e parte do esqueleto pós-craniano articulado, indica que em vida a ave possuía um porte semelhante ao de um pardal e, milhões de anos atrás, certamente realizava voos sobre as cabeças dos titanossauros. O fóssil pertence ao acervo do Museu de Paleontologia de Marília e representa um achado único, sendo o único espécime tão bem preservado em todo o Brasil.

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